28 de janeiro de 2016

Gelada Nostalgia

Calor e alegria
Festa, praia e bom humor
Será mesmo o que sou?
Sou dos campos e plagas verdejantes
Coberto e protegido pela muralha das montanhas
O frio irmana meu ser
A brisa suave e a chuva gélida 
Anunciam o entardecer, assim como o poente 
Ouço um ressoar melancólico e puro
Nativo da terra que me criei
De caráter triste e harmônico
Para trazer saudades do que se foi
Compasso frio e marcado
Desta gelada nostalgia
Que enraia o meu viver
E que sintetiza tudo o que sou
Uma Estética do Frio
Que acalora friamente nossa alma
Por de baixo de nossos ponchos molhados, porém sedosos.

Gabriel Dalmolin

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